CASOS MARCANTES Nas décadas de 1980 e 1990, advogada gaúcha se envolveu em crimes e ficou conhecida como "Viúva Negra"

28 de Setembro de 2021
Nas décadas de 1980 e 1990, advogada gaúcha se envolveu em crimes e ficou conhecida como "Viúva Negra" - As áreas de atuação do escritório se concentram em torno do denominado direito público punitivo, nomeadamente a partir da advocacia criminal e do direito administrativo sancionador, com atuação igualmente especializada em ramos que complementam essa segmentação.

Essa é uma daquelas histórias que mais parecem ter saído de roteiros de cinema. É o caso da advogada gaúcha Heloísa Borba Gonçalves, que ficou internacionalmente conhecida como Viúva Negra.

Envolvida em diversos crimes contra maridos e namorados, ela acumulou patrimônio e protagonizou histórias aterrorizantes. E suspeitas.

No total, a advogada é suspeita de quatro homicídios e três tentativas de homicídio. O primeiro crime do qual Heloísa é acusada ocorreu em 1972 e o último, em 1993.

Em agosto de 2011, ela foi condenada pela morte de Jorge Ribeiro, um dos homens com os quais ela se casou. Segundo reportagem publicada pela IstoÉ, Ribeiro, que era coronel do Exército, foi morto a marretadas em fevereiro de 1992, aos 54 anos, em seu escritório, em Copacabana.

Considerada foragida desde 2005, ela foi julgada graças às Lei da Cadeira Vazia, que garante que, em casos de sucessivas faltas do réu, o Tribunal do Júri seja realizado mesmo com sua ausência – antes desse, ela já havia faltado a cinco julgamentos. Heloísa foi condenada a 18 anos de prisão depois de 8 horas de julgamento.

Ao G1, o advogado de defesa da Viúva Negra, Matusalém Lopes de Souza, disse que não considera o júri válido, porque o crime foi cometido em 1992 e só com alteração do Código Penal em 2008 passou a ser possível fazer um julgamento sem a presença do réu. Ele tentou adiar o julgamento, mas o pedido foi indeferido pelo juiz Guilherme Schilling.

Interrogada uma única vez sobre a morte do coronel, Heloísa negou sua participação, alegando que quando saiu do escritório o marido estava vivo.

TRAJETÓRIA DE CRIMES

De acordo com a reportagem da IstoÉ, os crimes cometidos por Heloísa começaram no Rio Grande do Sul, em maio de 1972. Com 22 anos, ela tentou o primeiro golpe ao registrar, em Porto Alegre, sua filha, Vitória, como sendo filha também do médico Guenter Joerg Wolf, que havia morrido seis meses antes, num acidente de carro, em Taquara, a 70 quilômetros da capital gaúcha. A família recorreu.

Depois, ela foi acusada de tentar matar o então marido, o advogado Carlos Pinto da Silva, em 1977. Na ocasião, ele levou cinco tiros na porta do hotel onde o casal estava hospedado, em Salvador.

Ela, então, mudou-se para o Rio de Janeiro, em maio de 1983, e se casou com Irineu Duque Soares, um securitário de 41 anos, que morava sozinho em Ipanema e foi assassinado cinco meses após o matrimônio, num suposto assalto. Heloísa estava com ele e nada sofreu.

Oito anos se passaram até que outro marido de Heloísa viesse a falecer, o empresário sírio Nicolau Saad, 71 anos, de quem ela herdou imóveis em bairros nobres do Rio. Saad foi encontrado morto em seu apartamento, no Leblon, em dezembro de 1991. Ele e Heloísa tinham se casado um ano e meio antes.

No entanto, a advogada já era casada com Ribeiro, a quem conhecera numa igreja católica em Ipanema.
Além disso, Heloísa registrou um menino, Marcelo, como sendo seu filho e também destes dois homens. O primeiro registro de nascimento foi feito em 31 de julho de 1990, como sendo filho de Nicolau Saad. O segundo, em 13 de agosto de 1990, tendo Jorge Ribeiro como pai.

Segundo familiares de Saad, Heloísa apresentou duas versões para a morte do marido: contou que Saad morrera atropelado por um ônibus e depois disse que ele morreu engasgado ao tomar um suco de laranja.

Em 1992, Ribeiro foi assassinado em uma sala comercial. E, em 1993, foi a vez do empresário libanês Wagih Elias Murad, que viveu com ela oito meses, ser morto a tiros, aos 84 anos, na Barra da Tijuca. Familiares dele acreditam que Heloísa foi a mandante.

Além disso, segundo uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que lhe negou um pedido de habeas corpus em 2010, a advogada também é acusada ainda de tentar matar o filho de Wargih, Elie Murad, e de mandar matar o detetive por ele contratado para investigar a morte do pai, Luiz Marques da Mota.

Ela segue foragida e é procurada em 188 países pela Interpol.

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