CASOS MARCANTES O intrigante caso PC Farias

Tesoureiro da campanha presidencial que elegeu Fernando Collor de Mello em 1989, Paulo César Farias teve uma atuação pública envolta em escândalos. Alvo de acusações de envolvimento em corrupção, ele teve uma morte polêmica como foi sua vida.
PC Farias, como ficou conhecido nacionalmente, foi a personalidade-chave no escândalo de desvio de dinheiro conhecido como "esquema PC", que levou ao primeiro processo de impeachment de um presidente Brasileiro. Collor deixou o cargo em 1992.
De acordo com reportagens publicadas na época, PC era testa de ferro de diversos esquemas de corrupção envolvendo o governo federal. No total, foram movimentados cerca de US$ 1 bilhão dos cofres públicos.
Quatro anos depois de deflagrado o escândalo envolvendo o tesoureiro e o presidente da República, em 23 de junho de 1996, PC Farias foi encontrado morto, junto com a namorada, Suzana Marcolino, em um apartamento em Maceió.
Investigações deram conta, em um primeiro momento, de que Suzana havia matado o namorado e se suicidado em seguida. O caso foi considerado oficialmente como um crime passional, mas investigações subsequentes mostravam uma terceira pessoa na cena do crime.
O Ministério Público denunciou à Justiça os ex-seguranças de PC Adeildo dos Santos, Reinaldo Correia de Lima Filho, Josemar dos Santos e José Geraldo da Silva.
A defesa recorreu até o STF que negou o último recurso em junho de 2011 decidindo que os quatro iriam a Júri Popular, o que ocorreu em maio de 2013.
A conclusão do julgamento, em 10 de maio daquele ano, foi de que houve duplo assassinato, mas os jurados não apontam os autores dos crimes. Os quatro réus são absolvidos por clemência.
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