DICA DE FILME O Mauritano conta a história de um homem preso sem provas em Guantánamo
Nesse filme lançado no ano passado, duas advogadas de defesa – Nancy Hollander (Jodie Foster) e sua associada Teri Duncan (Shailene Woodley) – encaram a árdua tarefa de defender um homem suspeito de envolvimento em nada mais, nada menos, do que os atentados de 11 de setembro de 2001, nos Estados Unidos.
O Mauritano é baseado em uma história real, adaptada para o cinema a partir do livro autobiográfico O Diário de Guantánamo, e vale cada segundo não pela direção, pela fotografia ou interpretações, mas pelo importante documento histórico que representa.
No longa, acompanhamos a luta de Mohamedou Ould Slahi (Tahar Rahim) pela liberdade depois de ser mantido preso, sem provas, por anos na prisão estadunidense de Guantánamo, em Cuba.
Detido em casa, na Mauritânia, o engenheiro formado na Alemanha era investigado em decorrência de seu passado suspeito – ele teve envolvimento com a Al Qaeda durante a juventude e era primo de um dos braços direitos de Osama Bin Laden.
Na prisão, alegando inocência o tempo todo, ele foi submetido a uma série de torturas para confessar participação direta nos atentados.
Além do drama do protagonista, acompanhamos a luta intensa de suas advogadas, apontadas como “defensoras de terrorista”, que precisam manter a serenidade, a técnica e a obstinação para enfrentar um sistema que tenta esmagar a elas e seu cliente, testando suas habilidades a cada passo que dão.
O longa também nos dá a oportunidade de acompanhar o julgamento desse homem que teve seu diário submetido à censura e publicado com centenas de tarjas pretas.
O Mauritano é dirigido por Kevin Macdonald, produzido por 30WEST & Topic Studios e está disponível no catálogo da Globoplay.